quinta-feira, 16 de janeiro de 2014


Você me teve em tuas mãos e não soube o que fazer com isso, eu sempre fui mais mulher do que você foi homem. Ainda me pergunto o que é que me despertou o interesse no seu mundo, talvez, só talvez, foi o seu jeito bobo de levar as coisas  e a sua vida desprovida de qualquer mínimo problema. Invejo-te por isso. Você me disse, uma vez: "eu poderia ter escolhido qualquer garota menos complicada". Mas baby, a escolha já foi feita e meu fogo lhe queimou a pele. Te senti distante, teus olhos claros nunca mais se chocaram contra os meus olhos negros, estava começando a doer. Mas antes que você partisse, eu ti parti, ao meio. Continuei o que você começou, te joguei descarga abaixo; mudei o disco, a dança, o ritmo. Eu chorei por isso, meu coração ficou dilacerado, eu precisei acabar contigo, era você que acabaria comigo. Essa não é a regra? Destruir o que te destrói? Meu instinto foi o mais selvagem possível e eu chorei por isso, merda. É que essas sardas que lhe marcam o rosto ficam tão bonitas olhando assim de lado. Me encarando rígido, perguntava: "você vai parar te tomar essas merdas?". Eu sou sua garota complicada, lembra? Eu faço tudo errado, tudo errado. Não era a minha morte que te preocupava, era o pânico de não saber o que fazer se em seus braços eu caísse dura e morta. 


Provavelmente, outras putas cruzarão o seu caminho e outros caras me beijarão a boca. O adeus já foi dito baby, e doeu.    

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